Volume de vendas de habitações em resorts aumenta 20% no 1º semestre

Luis Cura • 25 de outubro de 2022

A maior diversificação de nacionalidades nos vários destinos e o reforço dos britânicos no seu mercado tradicional são algumas das razões para o crescimento semestral de 20% nas unidades transaccionadas para um dos níveis de actividade mais elevados desde 2017. 

De acordo com o relatório “Portuguese Resorts Market Report”, produzido pela Confidencial Imobiliário em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts e apoiada pelo Turismo de Portugal, o número de unidades transacionadas em resorts aumentou 20% no 1º semestre de 2022 em relação ao 2º semestre de 2021. Albufeira-Loulé e a Costa Atlântica são responsáveis por cerca de um terço das vendas cada. Já o Barlavento e o Sotavento em torno de 20% cada. Em termos de preço médio, Albufeira-Loulé registou preços médios de venda de 4.625 euros/m2. O Barlavento e a Costa Atlântica registaram vendas em níveis idênticos ao do seu padrão habitual, respectivamente em torno dos 3.000 euros/m2 e dos 3.800 euros/m2.


Depois de em 2021 terem diversificado os destinos para investir, os britânicos voltaram a focar-se no principal eixo do Algarve para a compra de habitação em resort, ou seja, o eixo Albufeira-Loulé. Conforme os resultados do SIR-Resorts, esta nacionalidade fez 56% das aquisições internacionais nesse eixo no 1º semestre de 2022, voltando a posicionar a sua quota acima dos 50%. Esta tinha sido o padrão do mercado internacional entre 2018 e 2020, mas em 2021 os britânicos perderam expressão neste eixo (para cerca de 40%) e deram sinais de abertura aos mercados fora do Algarve. No ano passado, lideraram mesmo as compras internacionais de resorts na Costa Atlântica (entre a região do Oeste e o Litoral Alentejano), com uma quota na ordem dos 20% neste destino.


Resorts estabilizam preços no 1º semestre


Depois de assinalarem uma forte subida no final de 2021 (+13%), os preços da habitação integrada em resorts exibem um comportamento de estabilização no 1º semestre deste ano, apresentando uma variação semestral de 1,5%, de acordo com o Índice de Preços de Resorts. Não obstante, em termos homólogos, a valorização mantém-se robusta (+14,6%), refletindo ainda o crescimento semestral consecutivo dos preços nos últimos dois anos. Esta nota de estabilidade semestral sucede a um aumento semestral de 13% no 2º semestre de 2021, a qual poderá ter refletido o final das restrições de mobilidade associadas à pandemia, pese embora que as principais preocupações com o Covid relativas à dinâmica deste mercado pareçam ter sido a nível de vendas e não tanto de preços, como sugerem os resultados do inquérito de confiança Resort Market Survey ao longo de 2020.


Fogos em resorts estabilizam valores em torno dos 4.300 euros/m2


A oferta de resorts acompanha a tendência dos preços de venda, mantendo os valores estáveis no 1º semestre deste ano, de acordo com o SIR-Resorts. Neste período, a oferta de resorts no país apresentava um valor médio de 4.301 euros/m2, pouco diferindo dos 4.382 euros/m2 do semestre anterior e mantendo-se no mesmo patamar dos últimos anos, designadamente entre os 4.000 euros/m2 e os 4.500 euros/m2. O comportamento na gama mais elevada do mercado, acompanhada pelo percentil 95 dos valores de oferta, é idêntico, com os resorts em oferta nesta franja a atingirem 7.972 euros/m2 no semestre em análise.


Segundo Pedro Fontainhas, Director Executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, “os resultados deste relatório confirmam que a procura por habitações nos resorts portugueses tem sido crescente em muitos mercados internacionais. A excelência dos resorts portugueses é já reconhecida em todo o mundo. Estes empreendimentos afirmam-se cada vez mais como locais de eleição para adquirir um imóvel, seja para investir, seja para viver de forma permanente. De referir que esta procura está a ser correspondida por uma oferta crescente resultante de diversos investimentos em projetos turísticos residenciais em Portugal”.


Para Ricardo Guimarães, Diretor da Confidencial Imobiliário: “Os resorts são um produto no qual Portugal é muito forte, aliando a qualidade paisagística e urbanística a uma oferta residencial de muita qualidade, integrada em serviços de valor acrescentado. É um mercado muito maduro, que até há pouco tempo definiu os tetos de valor no mercado nacional. Hoje Portugal oferece uma oferta diversificada, por exemplo de índole mais urbana, que contribui para a sedimentação do perfil de valor do nosso mercado. Toda essa transformação veio afirmar Portugal como um destino seguro para os compradores internacionais, dotando-o de forte resiliência, tendo superado com sucesso um ciclo de fortes adversidades, como o Brexit e a pandemia”.

FONTE: diarioimobiliario.pt


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