Imobiliário arranca 2023 com “moderado otimismo”

Luis Cura • 11 de janeiro de 2023
Depois de um ano muito positivo, temas socioeconómicos são os fatores que mais podem impactar o mercado em 2023.

Os profissionais entram no novo ano com mais cautelas devido ao contexto inflacionista e preparados para algum abrandamento, mas certos de que o mercado imobiliário português está no mapa e tem o que é preciso para se manter atrativo. 

Com fundamentais robustos, mas numa conjuntura económica mais adversa, é assim que o imobiliário entra em 2023. As fontes de mercado ouvidas preveem que o mercado continue dinâmico e atrativo, mas o contexto de inflação e taxas de juro em alta pode condicionar o financiamento, gerando uma postura de “wait and see”. 


Encerra um ano em que o investimento imobiliário superou os 34.000 milhões de euros, mas o contexto macroeconómico e geopolítico deixou o seu impacto no mercado já no final do ano, e 2023 começa com mais cautelas, com um sentimento de otimismo e apreensão. Tudo vai depender da economia e do custo do financiamento, até porque a subida das taxas de juro resulta num clima de incerteza quanto ao real valor dos ativos, o que pode adiar várias decisões de investimento até que seja possível ter maior clareza sobre o contexto económico. Certo é que Portugal tem bons fundamentais de mercado que dão mais confiança. 


Para António Gil Machado, diretor da VI, o mercado deverá encerrar o ano de forma mais positiva do que o “denso nevoeiro” em que arranca. O preço da energia começa a desacelerar e a inflação pode ficar mais controlada. Neste cenário, o mercado imobiliário “tem condições para manter uma relativa estabilidade, mesmo que com menor volume de transações, e com preços num nível de eventual subida prudente”. Por outro lado, “é de esperar um investimento bastante menos dinâmico em 2023”, conclui.


Residencial pode abrandar, mas mantém forte procura


Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, está convencido de que “apesar do pessimismo geral, a verdade é que os fundamentais foram mais fortes” em 2022, “mostrando que o mercado assenta numa procura forte, globalmente pouco alavancada, tendo na falta de oferta o seu principal constrangimento”. Analisa também que “o preço de todas as ‘commodities’ regressou ao patamar pré-guerra, e isso permite perspetivar um travão no ciclo inflacionista e na subida das taxas de juro. Acredito numa rápida estabilização, com forte recuperação da confiança”. 


Em 2023, os grandes centros urbanos poderão assistir a uma tendência de estabilização ou abrandamento da subida dos preços, acredita Paulo Caiado, Presidente da APEMIP. O mesmo não deverá acontecer nas periferias que registam um “forte aumento da procura por estarem relativamente próximos” e por terem preços mais baixos. Mas mesmo nas grandes cidades, o responsável acredita que se deverão sustentar os níveis de atividade apesar da conjuntura, já que muitas transações são motivadas por alterações na vida das pessoas, o que “garante um fluxo constante de procura para a habitação, que não deverá sofrer alterações abruptas com a conjuntura. Pode ser influenciado em termos de ritmo, mas não perde a dinâmica”.


Os valores do mercado da habitação não deverão sofrer grandes alterações além de “pequenos ajustamentos”, prevê Manuel Marques, administrador da Maiopção. Também é da opinião de que interior e periferias serão alvo de maior procura, mas as incertezas conjunturais podem levar as famílias “à venda da sua habitação a valores inferiores, aumentando a oferta”. 


Nuno Quitério, diretor de Agência do Grupo RE/MAX White, concorda que “com a atualização das taxas de juro é natural que se verifique em alguns segmentos uma estabilização de preços, no entanto penso que 2023 poderá ser mais um ano de crescimento para o setor”, destacando o potencial dos fogos usados, mas também dos imóveis industriais, que “poderão registar um aumento de procura e dos preços”. Já Luís Chaves, diretor geral da Imofidalgo, acredita que o contexto de inflação pode levar à diminuição da procura de casas em Portugal e a alguma descida dos preços, e que “muitas famílias terão de colocar o seu imóvel à venda e descer o seu preço para conseguir liquidez, o que levará a uma descida dos valores de mercado”. 


Por seu lado, Carlos Marques, gestor imobiliário da Carpe Domus, partilha que “o mercado continuará a apresentar oportunidades aliciantes para investidores nacionais e estrangeiros”, já que “tem-se estabelecido como um bom país para viver”. Mas admite que “algum abrandamento será expectável devido à crise inflacionária e à conjuntura geopolítica internacional”, além de que “a demora ou ineficiência de alguns serviços públicos continua a penalizar a economia e também o mercado imobiliário”.

FONTE: publico





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